Menopausa
A menopausa é um acontecimento previsível numa certa idade em qualquer mulher saudável.
Esta situação leva, no entanto, a uma série de implicações psicológicas, médicas, além das emocionais e físiológicas, inclusivamente familiares e sociais.
Tudo isto gera uma série de interesses económicos que tentam atrasar o que é um processo natural já que, entre outras coisas, a vida e as suas diferentes etapas foram prolongadas.
As mulheres optam por maternidades tardias e muitas vezes há evidência de que os ovários já não acompanham.
E quando não é este o problema, as pressões sociais, laborais, familiares para que a mulher se mantenha sempre jovem, leva-as a prevenir e tratar os sintomas da menopausa como se de uma doença se tratasse.
São sinais desconfortáveis e que representam riscos (osteoporose, perda da protecção cardio-estrogénica, hipercolesterolemia), declinio fisico (redistribuição ae gordura, afrontamentos) ou sentirse pouco sexy (mudanças de humor, secura vaginal): estamos a falar sobre envelhecimento, que horror!
Portanto, em princípio, qualquer proposta para combater estes sintomas é bem-vinda, só em princípio porque, existe alguma rosa sem espinhos?
Podem os tratamentos “sem efeitos colaterais” ter realmente qualquer efeito benéfico notável, para além do efeito placebo?
O uso da medicina complementar e alternativa tem aumentado nos últimos anos, também para o tratamento da menopausa.
Convido-vos a ler um interessante artigo sobre o tratamento dos sintomas da menopausa mediante Terapias Alternativa e Complementares.
As conclusões são:
– Parece haver alguma evidência em favor do uso de fitoesteróis e estanóis para reduzir o LDL e colesterol total em mulheres na pós-menopausa. Igualmente, a ingestão regular de fibra é eficaz na redução do colesterol total.
– Também há evidência clínica da eficácia de tomar uma combinação de cálcio e vitamina D para reduzir a perda de densidade óssea e na incidência de fracturas. A este efeito benéfico também contribui o caminhar e fazer exercícios com carga de peso.
– A cimicifuga racemosa (erva de são cirstóvão) parece ser eficaz no alívio de afrontamentos na menopausa precoce. Enquanto que os falados fitoestrogênios, incluindo as lignanas e isoflavonas parecem ter apenas um efeito mínimo sobre os ditos afrontamentos, embora tenham outros efeitos positivos, por exemplo sobre os níveis de lipídicos e de perda óssea.
– Respeito a outras terapias alternativas comumente usadas como probióticos, pré-bióticos, sulfato de deshidroepinadrosterona, acupuntura ou homeopatia, vemos pelos escassos estudos controlados com placebo, que os resultados são pouco convincentes.
Pode ler o aqui o artigo em inglês
Ele dá uma vista de olhos interessante sobre terapias alternativas e complementares, desde medicamentos fitoterápicos até à Reflexoterapia!
(Imagem de Sandra Seroubian; Tradução por Gloria Morales de los Ríos)